Das mãos que pariram, reciclam e transformam



Das mãos que pariram, reciclam e transformam, mulheres negras e indígenas escrevem suas escrevivências. Quando o coletivo Carolinas e Firminas – cada dia nasce uma faz a ponte literária, para mostrar ao mundo as histórias de vida dessas mulheres, marcadas pelo sofrimento e alegria, mas que encontram forças, Axé, para si e para apoiar umas às outras, temos que celebrar. Trabalhadoras escritoras, que salvam o planeta, e é importante que elas reciclem suas vidas em textos-vivência. Aplausos para essas quinze mulheres negras e uma indígena, da etnia Pankararu em contexto urbano que mora em Francisco Morato, município de São Paulo. Na soma, são 16 mulheres, que tiraram a máscara de ferro e jogaram a chave fora. Nem tentem calá-las, porque de mãos unidas podem plantar flores e te oferecer rosas ou cultivarem flores espinhosas. Vamos brindar e ler Das mãos que pariram, reciclam e transformam.

Esmeralda Ribeiro – Integrante do Quilomboje Literatura e coeditora da série Cadernos Negros e integra o Coletivo de Escritoras Negras Flores de Baobá.



Depoimentos
A reciclagem é tão importante porque gera trabalho e renda para toda uma população, sustenta a família. E com isso causa efeitos positivos no meio ambiente, para a economia e para a sociedade de uma forma geral. É importante ter em mente que a reciclagem é pensar em saúde pública também. É também questão de saúde pública. Nosso trabalho de catadoras e catadores é essencial nesta nossa sociedade de consumo. Eu, enquanto mulher negra, fico muito feliz de poder fazer parte deste livro com tantas outras mulheres incríveis e guerreiras, sou eternamente grata pelo convite e por esta oportunidade.
Aline Souza – Sou catadora desde os 14 anos, moro em Brasília-DF, sou liderança do Movimento Nacional de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis e presidenta da Redes COOPCENT.


A mão da mulher catadora não é só para tirar o material reciclável, mas é a mão que também constrói o presente e o futuro. Pensando em referências, para mim um grande exemplo de mulher guerreira que quebrou todos os paradigmas e construiu uma história de pegada e compromisso com os seus, nos deixando um grande legado é Carolina Maria de Jesus. Essa mulher tem uma história fantástica que nos inspira até os dias de hoje, como mulher preta, periférica na construção do amanhã a partir da reciclagem.
Claudete Costa – Sou catadora de materiais recicláveis há 36 anos, liderança do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis – Rio de Janeiro.




Das mãos que pariram, reciclam e transformam
Organizadoras Marli de Fátima Aguiar, Taynara Carvalho, Thuane Marques
Apoio Coletivo Carolinas e Firminas – Cada dia nasce uma e Casa Sueli Carneiro 2022
Gênero Crônica
Selo dandaras
Ano 2023
ISBN 978-85-54867-19-5
252 páginas


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